por Alex Peguinelli
Muitos associam veganismo a radicalismo, eu mesmo, confesso, antes de conhecer sobre Direito e Abolicionismo Animal, achava que tal postura era desnecessária. Isso acontece porque está mais do que enraizado em nós, em nossa sociedade e na cultura da humanidade como um todo, a idéia de que animais não-humanos tem sua importância na medida em que nos servem de alguma maneira. Seja com sua carne, sua pele, seu leite, seus ovos – portanto com sua vida -, os animais não-humanos, dentro de nossa cultura pós-moderna ainda continuam contidos dentro de uma esfera moral e ética pré-histórica.
É tudo tão cultural, que acabamos por achar normal a barbárie de termos corpos mutilados e em estado de decomposição sobre a mesa do jantar, pedaços de pele e couro aquecendo nossos corpos, isso sem falar em todo e qualquer tipo de entretenimento grotesco que envolva o sofrimento de animais não-humanos, uma diversão um tanto quanto sádica, eu diria.
Por fazer parte desta cultura de tratamento, moral e ético, pré-histórica, nossa relação mercadológica com os animais não-humanos acaba passando, por vezes, despercebida. É tudo tão rotineiro que sequer pensamos sobre o assunto. Carne é comida, pele é roupa, rodeio é diversão e ponto – e olha que não estou entrando nem em outros pontos, como por exemplo: leite, ovos, mel, vivissecção, utilização de animais em práticas esportivas, etc.
Mas onde entra o veganismo nessa história toda?
Bem, o veganismo não é simplesmente uma escolha alimentar, de vestuário ou de entretenimento. O veganismo é uma mudança de rumos, é uma virada de mesa moral e ética. Ou seja, até certo ponto achávamos normal comer animais, utilizar de seu leite, sua pele, subjugá-los à vontade humana, a partir do veganismo, todas essas práticas se tornaram imorais, antiéticas e erradas. Tanto faz a espécie, somos todos iguais, com iguais direitos que dizem respeito à vida e liberdade.
E por isso pode-se dizer que o veganismo é sim uma maneira de radicalismo. Ser vegano é ser tão radical quanto foram os abolicionistas que lutaram contra a escravidão dos negros, as feministas que lutaram pelos direitos da mulher, os homossexuais que lutaram por um tratamento igualitário.
Mas, assim como esses movimentos anteriormente citados, o veganismo é parte de um radicalismo saudável. Um radicalismo que não busca impor uns sobre os outros, numa linha vertical de hierarquização: estes têm direitos, estes outros não. O veganismo, praticado de uma maneira diplomática, olha para um norte horizontal, não hierarquizado, onde todos os seres capazes de decidirem por si próprios, possuidores de uma vontade e desejo particulares possuem, desde sempre, seu direito à vida e à liberdade preservados.
Assim, se ser radical é preocupar-se com o respeito à vida e à liberdade de seres sencientes e boicotar toda e qualquer forma de exploração e escravidão, nós, veganos, somos sim radicais. E preferimos esse radicalismo cotidiano à apatia contida nos olhos daqueles que insistem em viver suas vidas à custa de morte, sofrimento e escravidão de milhares de seres vivos.
Muitos associam veganismo a radicalismo, eu mesmo, confesso, antes de conhecer sobre Direito e Abolicionismo Animal, achava que tal postura era desnecessária. Isso acontece porque está mais do que enraizado em nós, em nossa sociedade e na cultura da humanidade como um todo, a idéia de que animais não-humanos tem sua importância na medida em que nos servem de alguma maneira. Seja com sua carne, sua pele, seu leite, seus ovos – portanto com sua vida -, os animais não-humanos, dentro de nossa cultura pós-moderna ainda continuam contidos dentro de uma esfera moral e ética pré-histórica.
É tudo tão cultural, que acabamos por achar normal a barbárie de termos corpos mutilados e em estado de decomposição sobre a mesa do jantar, pedaços de pele e couro aquecendo nossos corpos, isso sem falar em todo e qualquer tipo de entretenimento grotesco que envolva o sofrimento de animais não-humanos, uma diversão um tanto quanto sádica, eu diria.
Por fazer parte desta cultura de tratamento, moral e ético, pré-histórica, nossa relação mercadológica com os animais não-humanos acaba passando, por vezes, despercebida. É tudo tão rotineiro que sequer pensamos sobre o assunto. Carne é comida, pele é roupa, rodeio é diversão e ponto – e olha que não estou entrando nem em outros pontos, como por exemplo: leite, ovos, mel, vivissecção, utilização de animais em práticas esportivas, etc.
Mas onde entra o veganismo nessa história toda?
Bem, o veganismo não é simplesmente uma escolha alimentar, de vestuário ou de entretenimento. O veganismo é uma mudança de rumos, é uma virada de mesa moral e ética. Ou seja, até certo ponto achávamos normal comer animais, utilizar de seu leite, sua pele, subjugá-los à vontade humana, a partir do veganismo, todas essas práticas se tornaram imorais, antiéticas e erradas. Tanto faz a espécie, somos todos iguais, com iguais direitos que dizem respeito à vida e liberdade.
E por isso pode-se dizer que o veganismo é sim uma maneira de radicalismo. Ser vegano é ser tão radical quanto foram os abolicionistas que lutaram contra a escravidão dos negros, as feministas que lutaram pelos direitos da mulher, os homossexuais que lutaram por um tratamento igualitário.
Mas, assim como esses movimentos anteriormente citados, o veganismo é parte de um radicalismo saudável. Um radicalismo que não busca impor uns sobre os outros, numa linha vertical de hierarquização: estes têm direitos, estes outros não. O veganismo, praticado de uma maneira diplomática, olha para um norte horizontal, não hierarquizado, onde todos os seres capazes de decidirem por si próprios, possuidores de uma vontade e desejo particulares possuem, desde sempre, seu direito à vida e à liberdade preservados.
Assim, se ser radical é preocupar-se com o respeito à vida e à liberdade de seres sencientes e boicotar toda e qualquer forma de exploração e escravidão, nós, veganos, somos sim radicais. E preferimos esse radicalismo cotidiano à apatia contida nos olhos daqueles que insistem em viver suas vidas à custa de morte, sofrimento e escravidão de milhares de seres vivos.
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